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Apenas 5% dos produtores rurais brasileiros negociam no mercado futuro

A informação foi dada durante a entrevista com o jornalista João Batista Olivi, que participou da Confraria Agrobid

A Confraria Agrobid recebeu João Batista Olivi, um dos principais nomes do jornalismo agro brasileiro. Olivi contou um pouco de sua história profissional e junto com Maurício Bellinelo, especialista em commodities, também, analisou o funcionamento do mercado futuro a partir de contratos de compra e venda, onde o comprador se compromete a adquirir o ativo do contrato na data de vencimento a um preço já pré-definido, enquanto o vendedor se compromete a comercializar e entregar esse ativo.

Mercado Futuro - Vantagens

Com o mercado futuro, os agricultores podem comercializar a safra que ainda nem colheram. De acordo com Bellinelo, os instrumentos utilizados nessas operações podem ser: contratos futuros, opções sobre contratos futuros ou NDF’s (contratos não entregáveis).

“As ferramentas de mercado vem como um mecanismo de grande potencial de sustentabilidade financeira a longo prazo, reduzindo os riscos e ampliando as margens que o agricultor tem na média dos anos”, explica.

No Brasil, as corretoras e bancos oferecem ferramentas para participação no mercado futuro, mas Maurício aponta um despreparo desses serviços e com preços altíssimos. Nos Estados Unidos, toda a operação no mercado de valores é realizada de forma autônoma, pelo próprio agricultor.


Garantia de comercialização

Para os produtores rurais, os negócios na bolsa de futuros oferecem um seguro de preços para a venda dos produtos, onde é possível garantir essa comercialização por um preço justo em determinada data, mesmo se o preço do mercado cair ou subir. Ou seja, o objetivo é lucrar justamente com essa variação de preços.

“Se você não vendeu no físico, você estabelece um piso. Se as cotações caírem, você estabelece uma defesa contra a queda. Se vendeu no físico, você pode estabelecer uma operação no mercado de valores em que, caso a commodity ou o dólar continue subindo, você continue ganhando”, salienta Bellinelo.

Mercado Futuro - Funcionamento

Como exemplo, Maurício cita as cotações da soja, em que no ano passado o valor era de R$ 80,00 e passou para R$ 200,00 neste ano. Segundo o especialista, apesar do alto preço, o agricultor está intimidado em decidir vender “por medo de subir mais e ficar de fora”. Com o mercado futuro, se decidir vender no físico, o agricultor já garante o preço e vai ter que entregar o produto. Na Bolsa de Chicago, o agricultor monta uma operação em que se a soja quadruplicar de preço, ele vai continuar ganhando. “O mercado vai te devolver o dinheiro. Você vai vender no físico e entregar pelo preço combinado, e o restante quem faz é o mercado”, enfatiza.


Mercado Futuro - História

O conceito de “mercado futuro” nasceu no final do século 19, nos Estados Unidos, com a Bolsa de Chicago. Cerca de 85% dos agricultores americanos já utilizam algum instrumento para proteção de preços, enquanto no Brasil estima-se que apenas 5% participam e a maioria é de grandes operadores. Segundo o jornalista João Batista Olivi, a baixa participação do agricultor brasileiro é uma questão cultural. "Brasileiro acha que é um negócio esquisito, mas é mais fácil do que andar de bicicleta", brinca.


Curso

Maurício Bellinelo realiza cursos sobre o Mercado Futuro. Para mais informações, entre em contato pelo WhatsApp: (19) 99510-5580


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