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Brasil pode realizar o maior reflorestamento do mundo

A afirmação é de João Adrien do Ministério da Agricultura



A série de entrevistas do Agrobid sobre o tema: Crédito de Carbono e os Impactos no Agronegócio, recebeu nesta quarta-feira, dia 8, o convidado João Adrien, diretor de Regularização Ambiental do Serviço Florestal Brasileiro, que falou sobre a importância do papel da agropecuária brasileira neste novo mercado e suas impressões sobre a COP 26. Adrien, também, fez uma grande projeção sobre o reflorestamento.


Recorde - O Código Florestal traz a necessidade de adequação à lei para aqueles produtores que não estão adequados. Atualmente, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) tem declarado em torno de 36 milhões de hectares de terras em déficit de reserva legal. Adrien explica que, ao passo que o CAR vai sendo analisado, esse montante vai reduzir e ainda existem ativos para serem compensados.


“É um montante de recuperação florestal que poucos países fizeram no mundo. 36 milhões de hectares é maior do que a área da França. Se a gente restaurar metade disso, já é maior do que a nossa meta de restauração de 18 milhões de hectares até 2030. Então, o Brasil vai fazer a maior recuperação florestal da história do mundo”, explica.

Fontes renováveis de energia - A COP26 foi uma conferência histórica, conseguindo concluir o livro de regras do Acordo de Paris e trazendo um novo marco internacional regulatório sobre as discussões de clima. Segundo Adrien, que participou do evento, atrás das discussões da COP está uma mudança de “matriz econômica de base”, de fontes fósseis para fontes renováveis. Ou seja, a forma como o mundo vai continuar produzindo nas próximas décadas, mas com fontes renováveis de energia. Um dos principais setores que contribuem para este tipo de matriz primitiva, é a agricultura brasileira. Ela é fonte de importantes combustíveis, como: biodiesel, etanol e a própria bioenergia. “Os subsídios a fontes fósseis tendem a se reduzir. Incentivo a fontes renováveis tendem a aumentar. Isso é uma oportunidade para o Brasil”, disse. Adrien ainda afirma que o grande desafio e a importância do setor em acompanhar essas discussões é garantir que as políticas nacionais estejam alinhadas com as discussões internacionais, justamente para fortalecer o setor que pode contribuir para essa transformação: a agropecuária.


Desmatamento ilegal - Outro desafio apresentado pela COP26 é a proteção de florestas e o combate à perda da biodiversidade. O Brasil precisa resolver a questão do desmatamento ilegal, que é algo que compromete a imagem da agropecuária do país.


“Mas é importante a gente ressaltar que a agropecuária brasileira, hoje, produz sem desmatamento. O desmatamento ilegal ocorre, mas a gente tem dados de que 98% das propriedades rurais produziram sem nenhum tipo de desmatamento”, afirma Adrien.

Desafios - O Brasil, dentre os países em desenvolvimento, é um país muito requisitado na COP26. Segundo Adrien, há um “jogo de forças'' entre os desenvolvidos e os em desenvolvimento nas negociações. “Os países desenvolvidos cobram esse aumento de ambição de redução dos gases de efeito estufa, mas não adianta cobrar a redução de emissão sendo que não tem apoio técnico, instrumentos financeiros e nem incentivo e cooperação para que os outros países se adaptem aos impactos das mudanças climáticas”, disse.


Práticas sustentáveis - Nos últimos 10 anos, em torno de 50 milhões de hectares adotaram práticas sustentáveis. O Brasil tem 280 milhões de hectares de pastagens e quase 50 milhões de áreas agricultáveis. Uma área muito expressiva que adotou essas práticas. Para os próximos anos, o Ministério da Agricultura tem o plano ABC+, que estima um aumento de mais de 70 milhões de hectares de áreas sob práticas sustentáveis.


Detalhes - Para assistir a entrevista completa clique aqui.





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