Agrobid
Dia do Pecuarista: relembre as histórias de sucesso
Celebrado no dia 15 de julho, a data é motivo de orgulho para todo o Agro

O Brasil ocupa o 2º lugar como maior produtor de carne do mundo desde 1992. São 30 anos nesta posição de destaque e os protagonistas dessa história são os pecuaristas brasileiros com o seu trabalho incansável, vencendo as barreiras dos custos altos de produção e a árdua lida diária no campo.
Aqui no Agrobid já destacamos muitos exemplos desses pecuaristas e suas histórias de sucesso. Para comemorar este 15 de julho, Dia do Pecuarista, separamos alguns desses relatos para homenagear e, também, motivar quem está na pecuária.
Emílio Gouvêa e a paixão pela raça

O até então “aspirante” a pecuarista, Emília Gouvêa, sabia que a adaptabilidade seria um dos principais pontos a se levar em consideração, visto que a localização da sua propriedade é em uma região montanhosa que, no verão, faz muito calor e no inverno faz muito frio.
Com tudo isso anotado, Gouvêa saiu de Tombos, cidade localizada na Zona da Mata mineira, e foi visitar a Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne(FEICORTE), em São Paulo(SP). Na feira, com o foco em encontrar a raça que se adaptaria à sua região, Emílio encontrou o pecuarista Valentin Suchek, criador da raça Canchim, que lá ofertava uma vaca da raça e, segundo ele, foi amor à primeira vista.
“Comecei meu rebanho com essa vaca e ela é tão longeva, que ela ainda está presente no meu rebanho. Tem 8 anos”, comenta o pecuarista.
O criador conta que os motivos que o fizeram se apaixonar por ela foram, além da adaptabilidade, o comprimento e a carcaça do animal.
A Baba Canta Galo, como a vaca é chamada, iniciou a criação Canchim do pecuarista que encontrou, finalmente, o que buscava: uma raça com uma boa genética para que quem dela tivesse acesso, teria uma oportunidade de melhorar o seu rebanho de corte.
Baba, de 8 anos, ainda lhe rendeu vários prêmios de Elite, 60 filhos, dentre eles alguns premiados, e faz parte do Canchim Mangalba, nome que Emílio escolheu para homenagear seu pai, que era criador de cavalos Mangalarga, e este era o sufixo de sua criação.
Ciça Garcia e o sucesso da genética Nelore Kalunga

Já são 27 anos de história, trabalho e desenvolvimento do gado de elite e do melhoramento genético em animais da raça Nelore. A fazenda Kalunga fica localizada em Bauru, interior de São Paulo, mas também possui filiais em Mato Grosso. A enorme estrutura, bem cuidada e funcional, além do belo rebanho, mostra o capricho da criadora Cecília Garcia (mais conhecida como Ciça) e sua equipe. Não à toa, o projeto já é reconhecido nacional e internacionalmente e está entre os melhores no ranking brasileiro quando se fala em criação do Nelore.
“Nosso lema é: onde tem paixão, tem raça. Quando a gente faz nosso trabalho com amor, com alegria, não tem jeito de dar errado”, destacou Ciça Garcia
Antonio Maciel e o sucesso da FSL Angus

Iniciamos nossa seleção Angus em 2001, na cidade de Itu que está localizada a apenas 100 km da cidade de São Paulo, selecionando animais que hoje estão totalmente adaptados às condições do Sudeste e Centro-Oeste.
A nossa seleção está voltada para o cruzamento ANGUS x NELORE, que é o verdadeiro casamento por interesse, com a finalidade de melhorar a qualidade da carne nacional e incrementar a renda dos pecuaristas.
A FSL ANGUS possui duas décadas de seleção, e tem como base do nosso rebanho a genética americana, canadense e argentina. Temos como objetivo produzir animais férteis, de pelagem curta, carcaça expressiva e bons aprumos.
Todos os animais participam do PROMEBO, avaliação genômica HD 50K da Zoetis, ultrassonografia de carcaça, andrológico e teste de libido. Os resultados desses testes nos auxiliam na seleção do nosso rebanho e proporcionam grande confiabilidade dos animais que possuem a marca FSL ANGUS e também nos guiam para os próximos acasalamentos.
Ana Doralina e a dedicação ao Angus

A pecuarista Ana Doralina, dedica-se há anos à raça e, atualmente, é Gerente Nacional do Programa Carne Angus Certificada, trabalhando pelo aprimoramento genético. “Em 2021 tivemos um crescimento de mais de 50% no volume de carne Angus exportada para esses países. E o trabalho de certificação é quase artesanal, que vem sendo feito ao longo de anos e realmente está gerando carnes excelentes.”
De olho na abertura de novos mercados, Ana Doralina que já passou por todos os processos relacionados ao desenvolvimento da raça Angus, hoje enfatiza a certificação. "O produto certificado é organizado, padronizado. Ele passa por um processo rígido de avaliação e tratamento até chegar ao frigorífico. Isso volta para a indústria, que vê a demanda aumentando e procura mais fornecedores de carne premium. Assim, toda a roda desse setor começa a girar e gerar renda” , ressalta Ana Doralina.
Parabéns a todos os pecuaristas do Brasil!