Agrobid
Saiba o futuro dos fertilizantes no Brasil
Atualmente a dependência do país pode chegar a 90% na importação de matéria de prima

Como o produtor rural brasileiro irá adquirir fertilizantes? Quais os impactos para o Agro? Estas dúvidas que preocupam os produtores rurais brasileiros, desde o começo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, fornecedores importantes do produto para o Brasil, foram analisadas em um Webinar realizado pelo Agrobid em parceria com o Notícias Agrícolas. O evento teve a participação da editora chefe do Notícias Agrícolas, Carla Mendes, do gerente de custos de produção da Conab, Rodrigo Souza , do diretor de programa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Eduardo Pacifici Rangel e do Adenilson Jardulle, o Jardulli Máquinas.

Fim da dependência?
Atualmente mais de 80% dos fertilizantes utilizados no Brasil são importados. Para o diretor de Programa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Eduardo Pacifici Rangel, o Plano Nacional de Fertilizantes irá preparar o Brasil para ser menos dependente. “O Brasil se desindustrializou como um todo nos últimos anos, mas a gente teve a nossa agricultura crescendo muito fortemente com as políticas acertadas do final da década de 90. A nossa indústria de base do agronegócio de defensivos, fertilizantes e a tecnologia de genética, de certa forma ou se estagnou ou regrediu e o Plano visa basicamente nos preparar para sobreviver melhor para as crises. A gente precisa entender por que isso aconteceu da década de 90 para cá”, explica Rangel. Ele também destaca que o Plano é baseado em planejamento e que no máximo em até cinco anos irá trazer uma transformação para o setor.
“Em nenhum momento nós estamos buscando a auto suficiência, porque vivemos num mercado global e nos beneficiamos desse fluxo comercial internacional. Então a gente quer que isso continue fluindo, mas temos que reduzir a dependência para poder passar melhor pelas crises que certamente virão”, afirma Rangel
Apreensão no campo
A editora chefe do Notícias Agrícolas, Carla Mendes, que diariamente trabalha com temas importantes para o produtor rural brasileiro, traduz o sentimento do agricultor. “Naturalmente o produtor tem duas preocupações. Porém, mais que o preço ele está preocupado com o acesso a matéria prima. Os custos estão altos porque temos dificuldade de acesso a esses produtos”, relata. Segundo o gerente de custos de produção da Conab, Rodrigo Souza, atualmente, os fertilizantes representam 40% dos custos variáveis de produção, o que explica a apreensão em relação aos próximos meses.
“A variação desse valor ocorre de acordo com o tipo de solo, o quanto ele já possui algum tipo de fertilidade ou tipo de deficiência. E, também, pela tecnologia utilizada, o Brasil utiliza uma tecnologia altíssima, temos uma das maiores produtividades, principalmente para a soja, por esse motivo utilizamos uma quantidade considerável de fertilizantes”, afirma Rodrigo.
Otimizar recursos
Num momento como este, de incertezas, o gerente de custos da Conab, ressalta a necessidade de planejar melhor a safra. “Se o produtor diminuir 20% o uso de fertilizantes não irá reduzir a produtividade'', pontua Rodrigo Souza. Nessa mesma linha, Adenilson Jardulle, que viaja o Brasil com cursos de capacitação para operadores de máquinas agrícolas destaca a necessidade de estar atento aos detalhes.
“Este é o momento de utilizar a agricultura de precisão e fazer a manutenção antecipada resultará em melhores rendimentos”, alerta o especialista em máquinas.
Mudança no ministério
No Webinar, quando questionado pelo público, se a saída da ministra Tereza Cristina iria mudar o Plano Nacional de Fertilizantes, o diretor do ministério da agricultura, Luiz Rangel, foi taxativo. “Com a chegada de Marcos Pontes, novo ministro, nada mudará na política nacional de fertilizantes, concluiu”.
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