Agrobid
Simers projeta recorde de vendas de máquinas na Expointer 2022
Sindicato prevê que o volume de negócios pode atingir a marca de R$ 4 bilhões nesta edição

Maior responsável pelo faturamento da Expointer, com mais de 90% das comercializações, o setor de máquinas e implementos agrícolas está otimista e aposta em recordes de público e de vendas na 45ª edição da feira, que acontece de 27 de agosto a 4 de setembro no Parque Assis Brasil, em Esteio (RS), após a edição reduzida do ano passado e em formato digital, em 2020.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, acredita que as vendas podem superar em 50% a feira de 2019, quando ultrapassaram R$ 2,5 bilhões. “A meta é atingir de R$ 3,5 a R$ 4 bilhões”, revela. Um bom termômetro foi a última Expodireto, onde o faturamento foi de R$ 4,9 bilhões, 87% a mais em relação a 2020.
Outro indicador foi a grande procura por espaços - se a área fosse maior, o número de expositores ultrapassaria os 155 que garantiram participação em Esteio este ano, dez a mais do que em 2019. “Todos estão sedentos por uma feira como essa. A Expointer é uma grande vitrine e isso vale também para os fabricantes de máquinas agrícolas. O parque de máquinas está um pouco maior, conseguimos melhorar e ampliar alguns espaços”, afirma o dirigente.
Bier lembra que a evolução da tecnologia torna o maquinário um atrativo irresistível. “O agricultor entende que, a cada ano, as mudanças são grandes, por isso quer conhecer e está aberto às novidades para, talvez, trocar de máquina. Ele sabe que maior rapidez no plantio e na colheita pode aumentar a produtividade na lavoura”.
O sinal verde para um possível recorde de vendas também é dado pelo calendário. A data em que se realiza a Expointer é estratégica para o setor por ser o primeiro grande evento após o lançamento do Plano Safra 2022/23 do Governo Federal, no final de junho. Do montante de recursos, que este ano somam quase R$ 341 bilhões, pouco mais de R$ 10 bilhões são destinados a financiamentos de máquinas agrícolas.
Aumento de vendas de máquinas agrícolas no Rio Grande do Sul
Contrariando as expectativas, a estiagem que assolou o Rio Grande do Sul no último verão teve poucos reflexos negativos nas vendas. O setor registrou um incremento de 5 a 6% na produção entre janeiro e julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que a ‘régua’ já estava alta. Em tempos de safra normal, 11% das máquinas e implementos fabricados pelas indústrias gaúchas ficam no Rio Grande do Sul, enquanto o restante é comercializado Brasil afora. Este ano, os prejuízos causados pela falta de chuva pouco afetaram o setor, porque houve aumento na demanda de pedidos de outros estados, que tiveram excelentes colheitas. Por outro lado, vem ocorrendo maior procura por pivôs centrais e outros equipamentos destinados à irrigação, como forma de evitar futuros prejuízos.
Falta de componentes – Um dos impactos da pandemia na fabricação de novos tratores, em 2020, foi a escassez de componentes, como aço e chips. “Depois que acabaram os estoques, o que aparecia no mercado a gente tinha que comprar e ainda torcer para surgir mais”, relata Cláudio Bier. As dificuldades de logística afetaram diretamente o transporte, na importação de produtos, e houve uma desaceleração na entrega de máquinas. Este ano o fornecimento de aço está normalizado, mas o setor ainda enfrenta a falta de chips. A saída vem sendo a adequação, com as empresas buscando negociar microcircuitos com novos fornecedores no exterior.
Agrobid na Expointer
O Agrobid estará presente na edição da Expointer deste ano, produzindo conteúdos exclusivos que você acompanhará aqui em nosso site e redes sociais. Não perca!