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Tensão entre Rússia e Ucrânia afeta compra de fertilizantes

Importações dos produtos foram interrompidas
Imagem via iStock - agrotóxico, defensivo agrícola, fertilizante
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Belarus e Rússia suspenderam a venda de fertilizantes para o mercado nacional. As importações brasileiras de fertilizantes já vêm sendo afetadas pelo conflito desde o mês de janeiro, com redução em mais de 15%. De acordo com o Boletim Logístico, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita e a exportação de soja e milho também influenciaram no retorno dos fertilizantes aos portos.


Adubos e fertilizantes

Em relação aos potássicos, a Rússia é responsável por cerca de 20% da produção global e é origem de 28% das nossas importações. Já para os nitrogenados, o país é o 2º maior produtor global. Como fornecedor para o Brasil, a Rússia participa com 21% dos nitrogenados e, no caso específico do nitrato de amônio, o país é praticamente o único fornecedor para o Brasil. Em janeiro foram internalizadas 2,31 milhões de toneladas de fertilizantes, inferior em 15,2% aos quantitativos de janeiro do ano anterior, apresentando dispêndios sem precedentes de U$1.146,2 milhão, uma vez que os preços médios dos itens importados atingiram o recorde de U$ 496,62/toneladas, incremento de 110,4%, em relação aos preços praticados no mesmo período do ano passado.


Rússia

O país eslavo suspendeu a exportação de fertilizantes para o Brasil. A embaixada explicou que a Rússia foi obrigada a suspender o comércio porque a Lituânia fechou as fronteiras e impede o acesso ao corredor logístico. As relações comerciais entre Brasília e Moscou até então seguiam fortalecidas, principalmente depois da visita de Bolsonaro a Vladimir Putin. O setor de fertilizantes já vinha com escassez de matéria-prima, e a guerra só agrava a situação, pois as recentes sanções aplicadas sobre a Rússia limitam severamente as transações comerciais em todo o mundo.


Belarus

O governo brasileiro foi avisado sobre a interrupção da venda de fertilizantes de Belarus, de acordo com o G1. O país fornece pouco mais de 6% do produto utilizado pelo agronegócio nacional. A interrupção se deu pela proibição de escoar o produto pela Lituânia, que é um país integrante da União Europeia, que fechou sua fronteira.

O Ministério da Agricultura informou que as limitações de importação de fertilizantes de Belarus começaram no final de 2021 e incluem restrições por “razões humanitárias''. A pasta vem buscando diversificar os países fornecedores e deve lançar o Plano Nacional de Fertilizantes. O receio é de que a interrupção das exportações pela Rússia e Belarus elevem o preço do produto, prejudicando a safra brasileira deste ano e afetando diretamente no bolso do consumidor.


Soja e milho

Do total das importações brasileiras de fertilizantes em janeiro, cerca de 47% entraram pelos portos do Arco Norte. As internalizações estão relacionadas aos fretes de retorno das exportações recordes, tanto de milho quanto de soja neste início de ano. Nesta temporada, os produtores de milho de Mato Grosso e da região do Matopiba retiveram o produto nos armazéns, aguardando o melhor momento para a comercialização. Com o início da colheita da soja, a necessidade de abertura de espaço nos armazéns e a elevação internacional das cotações desses grãos explicaram o forte retorno dos fertilizantes por aqueles portos, a despeito da elevação de 110% nos preços em janeiro, quando se compara com o período do ano passado. A forte elevação das cotações internacionais dos grãos foi criando um ambiente apropriado para o incremento nos fretes de retorno com os fertilizantes, pressionado pela crise internacional envolvendo atores importantes na oferta desses produtos e que repercutiram fortemente nas cotações.


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